terça-feira, setembro 28

Dezanove


São longas as estradas por onde te vou levar. Não têm janelas nem sentidos proibidos. Juntos, traçamos as bermas onde nos deitamos em tufos de erva. O bastante para sentir a circulação de um sangue de guloseima. Sabemos os nossos instintos como magnetismos. Sabemo-nos animais em cio transparente. Sei a tua pele como esse traço contínuo que insisto num dogma. Sabes os meus olhos semicerrados, imaginando-te suada. Os nossos cabelos vigiam o vento. As mãos, sugerem-se descobertas. O dia será continuado de noite.

Sem comentários:

Enviar um comentário